2009-12-01

Vida de super-herói

O herói olha do alto da torre.
A vítima, em queda livre, desaba do helicóptero, inclinado, fumegante, no céu.
O herói salta. Não é um salto de fé. Não há fé. O herói não acredita que irá sobreviver, nem mesmo acredita que a vítima irá sobreviver. Não importa. Ele não tem que sobreviver. Ele não tem que viver tendo sido herói. Ele é herói, e o que importa é viver sendo herói. Ele alcança a vítima em pleno vôo e a segura nos braços. No barulho do vento, as palavras "tudo está bem" perdem-se. E são apenas palavras. O herói se posiciona sob a vítima, levanta a nuca, e respira uma última vez.
O chão esmaga seu quadril, suas costelas, seu pescoço. Seus pulmões, perfurados, começam a sangrar, e ele sente o cheiro do sangue em sua boca; logo, eles estarão inundados e pararão de respirar. Entretanto, seu corpo foi colchão o suficiente para o que mesmo não ocorresse com a vitima. Ele afasta a cabeça desta, que estava presa contra seu peito, e a vê respirando normalmente. Sua vida toda faz sentido. Expira.

2009-10-26

Última estação, todos devem desembarcar...

Eu também vi coisas que vocês não acreditariam.
Vi a bondade e a maldade no coração das pessoas.
O sacrifício totalmente altruísta e a mais egoísta das vaidades, na mesma pessoa.
Vi a inveja e o despeito no meu próprio coração. A verdade, a mentira.
Congelei de medo, e saltei no espaço com toda a coragem, tudo num só dia.
Todos esses momentos serão, um dia, como lágrimas na chuva.
As trinta vezes que eu assisti ao meu filme preferido, nada serão.
As paixões que eu senti, as dores infinitas no meu peito, os meus gritos e uivos sufocados... nem em sussurros se transformarão.
Meus amores correspondidos, meus amores não correspondidos, meus amores decepcionados, nada!
Somente as sementes que plantei darão conta de que eu existi.
Os valores que ensinei aos meus filhos, os exemplos que dei aos meus pares, a vida que vivi.
Inexistindo, ainda assim permanecerá.
Nas lágrimas de quem me amou, no riso de quem me odiou, na ignorância de quem me ignorou, viverei para sempre, ou até a próxima chuva.
A minha imperfeição, dominando o universo do futuro, carregada por anos-luz em rápidas naves em direção ao infinito. Meus genes, meus memes. E quando o Sol estiver apagado e o próprio Universo expirar em seu morno e uniforme leito final de entropia, e tudo for tudo e nada, espero que um ínfimo dessa imperfeição esteja lá. Um fóton faltante, um pixel morto, negro, na imensidão branca. Destiny, destination.

2009-10-06

Eu já soube declamar isso de cor (na sexta série):

Meu Sonoro Passarinho

Meu sonoro passarinho,
se sabes do meu tormento,
e buscas dar-me, cantando,
um doce contentamento,

Ah! não cantes mais, não cantes,
se me queres ser propício;
eu te dou em que me faças
muito maior benefício:

Ergue o corpo, os ares rompe,
procura o porto da Estrela,
sobe à serra e, se cansares,
descansa num tronco dela.

Toma de Minas a estrada,
na Igreja Nova, que fica
ao direito lado, e segue
sempre firme a Vila-Rica.

Entra nesta grande terra,
passa uma formosa ponte,
passa a segunda; a terceira
tem um palácio defronte,

Ele tem ao pé da porta
uma rasgada janela:
é da sala, aonde assiste
a minha Marilia bela.

Para bem a conheceres,
eu te dou os sinais todos
do seu gesto, do seu talhe,
das suas feições e modos.

O seu semblante é redondo,
sobrancelhas arqueadas,
negros e finos cabelos,
carnes de neve formadas.

A boca risonha e breve,
suas faces cor-de-rosa,
numa palavra, a que vires
entre todas mais formosa.

Chega então ao seu ouvido,
dize que sou quem te mando,
que vivo nesta masmorra,
mas sem alívio penando.

(Tomás Antônio Gonzaga)

2009-09-17

Dizem que sexo atrai visitantes para o blog: essa é de 1991 !!

Profano

Rasgo-te
em duas partes profundo corte
profano
alma, corpo e coração
intencionalmente
e maliciosamente como se não houvesse escolha
não tens escolha
abro-te
sinto-te maldosa a apreciar tua própria inocência
indecentemente
mostra-te
escolho-te
olho-te como se não houvessem outras
e há outras
minto
difamo-te
escondo-te
provoco-te
amedronto-te
busco-te.
Te tornas incapaz de reagir
de redimir
de conquistar
(até de me conquistar)
não te quero
não te uso
não te sinto
e, totalmente absurdo,
amo-te.

Hoje eu estou muito 1994

Minto

Mente
mente exterior
interiorana capitalina capitalista
demente doente
de olhos abertos abertamente
preconceituosamente
curiosamente

Mente
mente errática erradamente
mente humana mente
humanamente

Mente

2009-07-03

Você traiu o movimento, mano

Primeira tentativa de usar o Write4Net.
(quem ainda não entendeu, clique no título)

2009-06-22

Ok. De volta ao trabalho (por hora)

Bem, já tem um tempinho que eu não tiro uns segundos para fazer um post aqui, então lá vão as coisas mais interessantes que têm acontecido:

  1. fiz uma viagem comprida, namorei, descansei um pouco e assim que o jet leg acabar de passar, estarei com o pé no acelerador;
  2. meus colegas Marcello Cardoso e Leonardo Shibuya inscreveram trabalhos para o Mozilla Labs Design Challenge;
  3. meus professores Karine e Leandro (e o sócio deles, Fabrício, da Latitude14) também o fizeram;
Parabéns para eles, eu queria ter tido alguma idéia tão legal quanto a deles também, mas o timing não foi meu amigo dessa vez. Vamos ver se o meu projeto sai ainda esse mês, como necessário!

2009-05-09

As noivas-assombração

Humberto Massa e Lucas Andrade

Dedicatória -- às meninas (Ivana e Raquel) e ao Lucas, meu co-autor e minha inspiração.

"""
Sabe, meu fio, quando eu era criança pequena lá nos Araújo, eu gostava muito de passeá de cavalo. Eu tinha um cavalo bãozim, bãozim, e minha mãe punha nele o nome de Beleléu. Toda veiz que eu saía a pegá o cavalo minha mãezinha dizia "lá vai o Gerardo po Beleléu".

Pois um dia, na manhã cedinha sor nasceno, eu peguei po Beleléu e saí trotano pa depois da vila afora, oiano e dimirano as belezura do meu Araújo sem fim. Eu já tava até co um poco de fome e tinha perdido a noção das hora, e quando prestei tenção, só vi o sor se pono no horizonte. "Virge Santa" -- eu pensei, já imaginano minha mãe escoieno os gaio do pé de marmelo pra fazê vara e pensano na sova de varada que eu ia tomá quando chegasse em casa.

Sabe, lá nos meus Araújo naquela época sela era uma coisa muito rara; nóis, que era famia de camarada da roça, num tinha dinhero pressas coisa não. Entonce, pra mode muntá no cavalo, nóis muntava era no pelo mesmo, e como num tinha arrei nem nada, nóis passava uma corda no fucim do bicho e aquilo que chegasse.

Entonce, garrei na corda do Beleléu e virei ele pa vortá pa traiz e dei na barrigada do bicho com toda força e ele começô a galopá e galopá. O tempo passava, e quando ele queria pará de galopá eu dava na barrigada dele, e o bicho suava, e eu pulava e nóis vinha lá daquela lonjura num galope que num tinha nem tamanho.

Quando eu fui chegando na portera da fazenda de donde nóis morava, já tinha se passado um tempão: cê pensa bem, que eu saí de casa de manhãzinha co sor saino, trotano, e arresorvi de vortá co sor se pono, no galope. Pois entonce cheguei na portera da fazenda e sabe o que eu escuitei? O relójo da igrejinha lá na vila tocano "blém, blém" lá no fundo, bem baxinho, por ditraiz dos canto dos passarim notúrnico.

Aquilo ripiô meus cabelim e gelô minha espinhela: ali donde eu tava era um sumiterim. Eu explico: aquela fazenda que nóis morava era do sô Fabim; esse sô Fabim era um home muito malvado, fio dum home mais malvado ainda, que eu te conto essa história...

O dono da fazenda, antes do sô Fabim vortá da capitar, era o pai dele, o Coroné Fabriciano. O Coroné Fabriciano nasceu coroné não senhor, ele era um camarada do feijão que nem que eu e meu pai e meu vô. Mais ele era um camarada muito forte, um home moreno e arto que dava gosto nas vista das minina da roça tudo. Mas era um home fraco dos caráte, isso era.

Entonce, o sô Fabriciano teve um plano. Essa fazenda, e muitas outra da região, pertencia a um coroné muito, muito rico, chamado Coroné João Joaquim. Esse coroné, já viúvo, tinha uma fia, que chamava sinhazinha Marcelina. A sinhazinha já tinha chegado na idade de casá, lá pros seus dezoito ano, mas o pobre do coroné João Joaquim vivia preocupado dela num arranjá marido. É que a coitadinha era baixinha (ansim pra menos de metro e meio de artura) e mei gordinha e tinha um ôio caído ansim pro lado e umas marca da maleita espaiada pelo rosto e pelo corpo todo.

Sô Fabriciano pegô suas mió ropa que ele tinha ganhado de natar da dona da fazenda donde ele trabaiava no feijão, e foi conversá com o coroné. Ele entonce conversô com ele, conversô ca moça, passô a conversa nos dois -- falô que era muito trabaiadô e que ia fazê de tudo pra ela tê o mió que ele pudesse. O coroné João Joaquim, preocupado que era ca fia num casá e num lhe dá os neto qüele tanto queria vê pa casa afora, entonce deu a mão de dona Marcelina pro home.

Passado uns dois mês desse arranjo, eles se casaro. Com poco tempo de casado, dona Marcelina já viu que sô Fabriciano boa bisca num era: deu pra caí na pinga cuma força que só veno. Um dia, ela cramava qüele dumas pinga que tinha bebido, e que tava fedeno até fala chega, e ele deu nela umas pancada de soco que a dona ficô toda roxa. Ela falô com ele que ia contá pro pai -- ia nada, que morria de vergonha de tê escolhido o primeiro marido que apareceu -- e ele ficô muito aperriado caquilo.

Entonce que ele tramô e aprontô seu primero crime brabo: foi na venda do turco venderão e comprô um toco do mió fumo e umas bolinha de veneno de matá rato. Entonce, massô tudo as bolinha e botô pro mei do fumo, ansim dum lado só. E passô na casa do Coroné, pa mode mostrá ele aquele fumo bão e vê se ele queria pitá um painha daquele fumo que o turco tinha trazido lá das mérica do norte. O Coroné, que gostava muito dum cigarrim de paia, sentô qüele no arpendre; o marvado picô do fumo do lado bão prele, e do lado ruim pro véio, e os dois pitaro do cigarrim um tempo. Nem bem o cigarrim ficô pela metade e o véio começô a passá mar.

Virge, mas nem o malvado num esperava um espetáculo daquele: o coroné começô a tussi e vomitá sangue, e passava mar que passava mar, e chamaro os camarada tudo pra ajudá. Entonce, pusero o véio na cama e ele gritô que gritô e passô mar por seis dia e noite sem pará. No sétimo dia, o médico -- que tinha vindo lá da capitar pra ajudá o coroné -- falô ansim co nhá Marcelina: "Dona Marcelina, seu pai tem jeito não. Ele só vai fazê sofrê e morrê agora. Se a sinhorinha quisé, eu posso dá ele uma injeção que é pro modo dele morrê mais depressa." Sinhazinha, escutando os berro do pai, as tosse de sangue e as nojera saindo do pai, otorizô o dotô de dá a tar injeção.

Naquela época, sabe menino, aqui pressas banda, muié podia cuidá de fazenda não -- isso, o povo dizia, era serviço de home. Resurtô entonce que o sô Fabriciano virô o dono das fazenda. E o home então se transformô de ruim em muito pió. Martratava os funçonário da fazenda tudo, e muitos té foro embora dali de nojo do malvado. Ele se vestia nos úrtimo chique co turco lhe trazia da capitar; a sinhazinha, coitada, ficava ca sobra cas funçonária dava prela. Um dia, ela trelô de cramá com ele daquilo. Ele pegô dua vara de marmelo e deu nela inté rancá sangue, quela ficô dois dia no sal e sem saí da casa de vergonha. Daquele dia em diante, ela ficô com tanta tristeza, que não comeu mais. E nem deu treis mês, foi simbora morrê também.

Virge, mais o home, o invés de ficá triste, que nada. Ficô feliz que nem um porco barrão na lama. E passô a chafurdá nas pinga, a ficá cada vez mais malvado cos funçonário, e querê só prele mesmo tudo do bão e do melhó. Deu orde todo mundo que chamasse de coroné. E ansim virô Coroné Fabriciano, que nem a cidade.

Pois, que naquela época, tinha chegado de vorta pro Araújo um sinhô já bem velhinho, já pa casa dos oitenta ano -- o que naquele tempo era coisa de se dimirá. Ele tinha saído co pai dele dali inda menino pa trabaiá pas banda do mato grosso. Lá, fez fortuna, comprô muitas fazenda, e teve muitos fio. Como ele já tava muito velhinho, resorveu de vortá po modo de morrê na casa que nasceu. Trouxe qüele a fia mais nova pra cuidá dele. Esse velhim chamava sô Gonçarve, e a fia chamava dona Antonina.

Cê veja bem que nessa época, pocos na cidade sabia -- ou mesmo desconfiava -- das malvadeza do cão véio. Claro que muitos suspeitava do home que tinha ficado rico em menos de um ano, mas ninguém nem falava nada -- afinar, o home agora era rico, e gente rica ninguém fica contra, pra num perdê negóço, né?

Pois a dona Antonina, que era sortera, tinha lá pra base duns quarenta e poco. Era uma senhora arta, ansim quais da artura do sô "coroné" -- que media mais duns dois metro pra cima -- e muito distinta. Nunca casô porque, apesá de já tê vivido tanto, o sô Gonçarve tinha uns pobrema de saúde, e ela jurô que ia cuidá do pai inté quele fosse pos pasto mais verde. Os irmão ficaro lá pas banda de lá, seno que o pai dividiu o que tinha pa lá, vendeu umas terra, e veio po Araújo inda co um bão dinhero.

Pois o Coroné Fabriciano, sabeno dessas novidade, foi lá fazê amizade co o sô Gonçarve. E arrumô um jeito dos dois semana vem, semana vai, tê um carteado, quele perdia um dinherim ansim à toa -- coisa e um vintém ou dois -- po véio. O véio, entonce, acabô se afeiçoano co gigante marvado. Pois passô uns quatro, cinco mês, o véio acabô morreno -- como já era de se esperá. Pois o malvado proveitô e pediu a mão da dona Antonina, dizendo que queria ajudá ela ca diminstração dos bem.

Qual! Que nada! Nem bem começaro a morá junto, e o home já caiu de cara na cachaça de novo. Martratava a muié, que foi ficano disgostosa de tê caído na esparrela daquele safado. Inté quando ela ficô prenha do Fabim, ele deu uma sova de correia pas perna dela. Um dia entonce, quando o Fabim tinha uns dez ano, eles pregaro pruma briga feia, e ela veio ca faca pra cima dele. Ele tomô a faca dela, e deu-lhe umas dez facada po bucho. Ela morreu ali mesmo no arpendre da casa.

Ele, entonce, mandô o Fabim pra casa duma tiavó que morava pa capitar; deu-lhe dinhero que bastava pa estudá, e nem quis mais sabê se o menino tava vivo ou morto.

Passaro mais uns dois ano, e debutô na cidade uma menina que era tão bonita que garrô de image nos ói do véio gigante. Nhazinha Maria Tonieta era uma formosura que gradava os marmanjo da cidade toda. Nascida de famia ansim arranjada, morava na vila. Tinha os cabelo rucim que parecia umas páia de mio ansim quando tá sortano. Os ói era azul que nem o céu dum dia de sor forte sem uma nuve. A pele era branquinha que nem a espuma dum leite que tinha saído da vaca. As proporção do corpo era perfeita que nem aquela tal estauta do milo queu vim a conhecê na tevelisão, agorinha já tano bem véio.

Pois o sacripanta arresorveu que ia casá qüela. E, como tinha dinhero té dimais, pediu a mão pro pai da moça, que cabô concordano -- mas pediu uns oro de dote pra ficá nas mão da moça, porquê já tinha ouvido umas história sobre o home, e num queria ca fia passase aperto.

Pois cê acredita que, antes mesmo do casamento, o home quis ca moça se deitasse qüele. Ela disse que não, e ele de malvado deu-lhe a mão na cara. Ela pensô ansim "esse home malvado num sabe o quele fez; agora, ele comigo num se deita de jeito nenhum." Mas, faltano pocos dias pra festa, jeito de desmanchá o casamento num tinha. Pois ela foi-se na venda da vila do riberão um dia, e comprô uma garrucha.

Pois procês que são da cidade e nunca viu uma garrucha, uma garrucha é ansim parecida cuma pistola ou cum rervorve, só que a boca da bicha é aberta, pa pô a pórva, despois os chumbo. Tem uma pedrinha de pedernera que faiz a faísca, e assim que atira. Pois o vendero da vila do riberão tinha uma garrucha pequenininha. E a nhazinha Maria Antonieta arrumô um lugá prela pros meio daquelas renda toda, embaixo do sobaco no vestido de noiva.

A festança que o Coroné Fabriciano era de pompa e circusntança. Tinha visita da capitar que encheu as posada da vila tudo, a casa do home, e de otros comerciante da cidade. Dentre as visita, a tal da tiavó co fio do home, o Fabim.

A pinga veio de caminhão, que acabô ca pinga dos alambique de até vinte légua de distância da vila. Na porta da igreja, o bolo cos bonequim de noivo e noiva encima esperava o finar da cerimônia pra sê cortado praquele tantão de gente que a vila nunca viu.

Pois que quando o padre preguntô ela se ela queria casá com ele, ela puxô a garrucha de dentro das renda do vestido e falô: "eu num caso co home safado que qué deitá sem casá e nem co home que bate na muié não." E sentô chumbo po peito do gigante afora, que voou chumbo quente e sangue pos padrim do casamento.

O menino Fabim, veno o pai assassinado na sua frente, correu pa porta da igreja, garrô da faca que ia parti o bolo e, pelas costa da noiva do pai, enfiô aquela facona po meio das costela inté o coração. E noivo e noivo ficaro ali, um pra cada lado, enquanto o povo oiava sem entendê, sem fazê nada, paralisado.

Pois dispois disso, a tiavó mais o menino vortaro pa capitar; as fazenda ficaro por aí, jogada, por uns vinte ano até que o moço vortô da capitar pa cuidá dos bem do pai. Dize que ele perdeu tudo ca tiavó tinha pa capitar, nas mesa de jogo dos cassino, e que as fazenda num pode sê vendida, e por isso, ele tem que diministrá pa podê vivê agora.

O home tinha feito, do ladim da portera de entrada da fazenda, o mais longe que podia da sede, um sumiterim donde tinha enterrado as duas muié. A tal da tiavó achô por bem enterrá noivo e noiva ali mesmo, pa vortá pa capitar o quanto antes.

Pois dispois de contá essa história toda, eu lhe digo, meu fio: era ali aquele mesmo sumiterim que tava na minha frente, nas medida queu abria a portera, e as doze badalada da meia-noite tocano, e eu, um menino de oito ano, no lombo dum cavalo cansado que num ia corrê mais nada, vi a coisa mais fantástica da minha vida: dum dos túmo alevantô um home moreno, arto e forte que era um gigante, com cara de camarada da roça, mas vestido que nem um noivo de casamento da capitar.

Em seguida, de oto túmo, alevantô uma muié feinha, baxinha, gordinha, ca cara cheia de buraco e o ôio caído, e pegô duma pedra. Do túmo do lado, uma muié mais véia, arta que nem o gigante, pegô duma pedra ainda mais grande, e ansim do nada, pareceu uma moça vestida de noiva, que era a noiva mais bonita que já vi na minha vida -- e óia que eu tô quais chegano nos cem ano -- e essa noiva pegô duma pedra ainda maió. Elas começaro a batê no gigante caquelas pedra, e quando uma sortava duma pedra, era pa pegá um pau de moirão de cerca que tinha por ali, e elas batia no home sem dó que dava inté medo.

E eu paralisado, oiano aquela cena, os ói já inchado de lágrima de medo e as carça moiada, quando as treis muié me viro. Elas viero, cos pau na mão, chegaro ansim mei metro de mim, entonce a moça bonita vestida de noiva oiô nos meus ói, alevantô aquele moirão de cerca no arto e gritô:

"GERARDO!!!"

"""

2009-05-03

X-Men Origins: Wolverine

A história não é exatamente o que eu gostaria que fosse (nem dá pra explicar aqui porque, sem spoiling) mas o filme é bem trabalhado. Mas, qual é, "Jimmy"??!!
Valeu o trabalho (dois dias de tentativa, porque na sexta todo mundo resolveu ver o filme e eu tentei quatro sessões em dois shoppings diferentes, sem sucesso, pra conseguir ir ver ontem com o Lucas) e foi ultra-divertido. Recomendo.

Atualização

As coisas têm andado muito mais devagar do que eu gostaria no último mês. Minhas tentativas de sincronizar com o meu "cliente" do G3 estão sendo infrutíferas, quando eu apareço online ele não está. A #oi #oifail #velox #veloxfail me deixou sem internet na prática por uns 40% do mês de abril, tendo voltado a funcionar a contento só na última quinta. O #twitter foi o meu jeito de me comunicar com o mundo, já que ele é usável a partir do celular e (ainda) funciona de dentro do escritório.
A pós já mudou de ciclo: o primeiro ciclo, Fundamentos de IxD, Usabilidade e Fatores Humanos, terminou na última terça, e o segundo ciclo já começou com Estilos de Interação que, na minha opinião, é uma matéria ultra-interessante. Todos os professores do curso -- o Caio, o Marcos André Kutova, a Karine e o Leandro, e agora a Marília -- se mostraram extremamente competentes em prender a atenção dos alunos e estimular a nosso interesse e criatividade.
E eu estou (re?-)aprendendo a escrever artigos. Eu queria que o László, a Sibele ou o Luiz Cláudio tivessem uma cópia da nossa monografia sobre GUI (de 1988!!!) ia ser divertido reler aquilo... muito embora não tivesse referência tecnicamente válida nenhuma (foi escrita em cima de artigos da Dr. Dobbs e da Byte :-DDDD)
Estou tentando utilizar o ZumoDrive como método de backup (principalmente das nossas fotos), porque ele tem um cliente legal para iPhone e iTouch, o que faz com que eu consiga por exemplo mostrar novas fotos para meus colegas sem maiores problemas. Até agora não tenho reclamações.
Viagem para Brasília no FDS do dia 15, para o casamento da Geysa e, n o escritório, trabalho, trabalho e trabalho (vou elaborar mais nos próximos posts, coisas interessantes aconteceram)

2009-04-13

Trabalho 2 de Fatores Humanos

A Internet tem comprometido o desenvolvimento das crianças?

Atualmente, é grande a preocupação relativa à influência da Internet no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Isso se deve ao fato de que, principalmente em países desenvolvidos, grande parte das crianças têm acesso a computadores domésticos, muitas vezes conectados à rede. (Fife-Schaw et al. 1986)
As crianças terminam por aumentar o tempo de exposição a uma tela (“screen time”) quando o computador faz parte das atividades diárias. Esse tempo de exposição, quando prolongado, implica em riscos físicos mais acentuados associados ao sedentarismo, como a obesidade, ou ao próprio uso do computador, como problemas ortopédicos. O uso do computador é também usualmente uma atividade solitária, incorrendo em risco psicológico. (Subrahmanyam et al. 2000)
Por outro lado, a Internet tem um efeito positivo no aumento da interação social através de sistemas de “messaging” instantâneo e correio eletrônico, e a maior parte do tempo gasto conectado à rede é dispendida em interações sociais. (Subrahmanyam et al. 2001) Estudos realizados não salientam diferenças na sociabilidade das crianças e adolescentes que utilizam o computador durante mais tempo durante o dia e aqueles que não o fazem. (Subrahmanyam et al. 2000) Entretanto, salienta-se que num cenário de uso excessivo, há a dominância de realidades e mundos simulados e imaginados, em contraponto à necessidade de experiências reais. Nessas interações pelo computador, onde muitas vezes são utilizados avatares e “personas” diferenciadas daquelas do mundo real, paira sempre a dúvida sobre a identidade do interlocutor, com reflexos na formação da própria identidade da criança, além dos riscos para a segurança da mesma. (Subrahmanyam et al. 2000; Subrahmanyam et al. 2001)
A exposição à Internet como fonte de consulta parece resultar em melhora no desempenho acadêmico das crianças. Entretanto, não há pesquisas suficientes para comprovar solidamente o nexo causal entre esses dois fatores. Há necessidade de maiores pesquisas para determinar o efeito da utilização do computador a longo prazo na capacidade cognitiva e conquistas acadêmicas. (Subrahmanyam et al. 2000) A exposição de crianças e adolescentes a alguns tipos de jogos, entretanto, já foi comprovada como tendo efeitos imediatos positivos na atenção, visão e noção espaciais e desempenho cognitivo. (Subrahmanyam e Greenfield 1996)
A exposição a jogos violentos, especialmente aqueles nos quais o uso da violência é recompensado, comprovadamente aumentam a agressividade, tanto afetiva e cognitiva quanto comportamental das crianças observadas. (Anderson et al. 2004) Além da exposição a esse tipo de jogos, há o material inapropriado de natureza sexual. (Ybarra e Mitchell 2005) Associados a este último vêm os riscos consequentes que variam desde o erro em informações referentes à reprodução, até a possibilidade de desenvolvimento de comportamento sexualmente compulsivo. (Freeman-Longo 2000) E, por fim, existe ainda o risco do “cyber-bullying”, ataques de natureza difamatória que ocorrem “online”. Entretanto, estes últimos são muito semelhantes ao fenômeno do “bullying” que ocorre nas mesmas faixas etárias, ou seja, não se trata de um risco intrinsecamente ligado ao uso da Internet e sim ao ambiente e às interações sociais da criança. (Ybarra e Mitchell 2004; Ybarra e Mitchell 2004)
Pesquisas junto aos pais apontam que estes normalmente compram os computadores e pagam pela conexão à Internet como um recurso educacional extra. (Subrahmanyam et al. 2000) Também demonstram que grande parte deles desconhece o conteúdo de jogos e a dinâmica de interações sociais “online”. (Subrahmanyam et al. 2001) Por fim, constatam que, como muitas vezes as crianças têm mais conhecimento que eles em relação ao uso do computador e da Internet, ocorre uma inversão dos papéis de ensino/aprendizagem, com consequentes problemas de identidade. (Subrahmanyam et al. 2001) A maioria das pesquisas consultadas recomenda como mitigantes dos riscos associados à exposição das crianças à Internet a moderação no tempo de uso da rede (Attewell et al. 2003; Subrahmanyam et al. 2000; Subrahmanyam et al. 2001) e o efetivo acompanhamento das atividades realizadas no computador por parte dos pais ou responsáveis. (Attewell et al. 2003; Freeman-Longo 2000; Ybarra e Mitchell 2004; Ybarra e Mitchell 2004; Ybarra e Mitchell 2005)
Em conclusão, a utilização da Internet pelas crianças pode comprometer, e provavelmente tem comprometido, o desenvolvimento das crianças, causando diversos problemas físicos e psicológicos. Por outro lado, existem vários benefícios que advêm de seu uso, especialmente quando é feito de forma moderada e sob o constante acompanhamento e monitoramento dos adultos responsáveis.

Referências

  • [Anderson et al. 2004] ANDERSON, C.A. et al. Violent video games: Specific effects of violent content on aggressive thoughts and behavior. Advances in experimental social psychology, Academic Press, v. 36, p. 200–251, 2004.
  • [Attewell et al. 2003] ATTEWELL, P. et al. Computers and young children: Social benefit or social problem? Social Forces, University of North Carolina Press, p. 277–296, 2003.
  • [Fife-Schaw et al. 1986] FIFE-SCHAW, C. et al. Patterns of teenage computer usage. Journal of computer assisted learning, Blackwell Publishing Ltd, v. 2, n. 3, p. 152–161, 1986.
  • [Freeman-Longo 2000] FREEMAN-LONGO, R.E. Children, teens, and sex on the Internet. Cybersex: The Dark Side of the Force: a Special Issue of the Journal Sexual Addiction & Compulsivity, Brunner-Routledge, p. 75, 2000.
  • [Subrahmanyam e Greenfield 1996] SUBRAHMANYAM, K.; GREENFIELD, P.M. Effect of video game practice on spatial skills in girls and boys. Interacting with video, p. 95–114, 1996.
  • [Subrahmanyam et al. 2001] SUBRAHMANYAM, K. et al. The impact of computer use on children’s and adolescents’ development. Journal of Applied Developmental Psychology, Elsevier, v. 22, n. 1, p. 7–30, 2001.
  • [Subrahmanyam et al. 2000] SUBRAHMANYAM, K. et al. The impact of home computer use on children’s activities and development. The future of children, Center for the Future of Children, the David and Lucile Packard Foundation, p. 123–144, 2000.
  • [Ybarra e Mitchell 2004] YBARRA, M.L.; MITCHELL, K.J. Online aggressor/targets, aggressors, and targets: a comparison of associated youth characteristics. Journal of Child Psychology and Psychiatry, Blackwell Publishing, v. 45, n. 7, p. 1308–1316, 2004.
  • [Ybarra e Mitchell 2004] YBARRA, M.L.; MITCHELL, K.J. Youth engaging in online harassment: associations with caregiver–child relationships, Internet use, and personal characteristics. Journal of Adolescence, Elsevier, v. 27, n. 3, p. 319–336, 2004.
  • [Ybarra e Mitchell 2005] YBARRA, M.L.; MITCHELL, K.J. Exposure to Internet pornography among children and adolescents: a national survey. CyberPsychology & Behavior, Mary Ann Liebert, Inc. 2 Madison Avenue Larchmont, NY 10538 USA, v. 8, n. 5, p. 473–486, 2005.

2009-04-09

Um "nice git link" REALLY nice

Especialmente para quem tá com preguiça de ler em inglês.

Parabéns ao Felipe Micaroni por esse resumo tão legal.

2009-04-07

Ando meio desligado...

Pois é. Então vamos atualizar as coisas por aqui.
O repositório git do Windows no trabalho tava todo bichado, então tive que refazer tudo. Ainda tenho um pedação de coisa para arrumar. E ficou tudo pra amanhã.

2009-04-04

Minhas versões das 3 regras

1. A katana de o-kan :-D
2. Quem não faz agora, não faz depois
3. Macaco velho não põe a mão em cumbuca

2009-04-03

Zen e arte de requentar café no micro-ondas

Sim, agora é com hífen.

Hoje eu acordei cedo, consegui ler bastantes coisas e fazer boa parte do que me propus ontem. Quando eu cansei e resolvi ir ver The Mentalist ou Reaper, a Raquel acordou :-D e então, o máximo que eu vou ver até a babá chegar é o Louie... Uma xícara de café requentado e meia dúzia de rosquinas Mabel, trocar de roupa, e esperar. Claro que pelo menos, é um tempinho de qualidade com minha filhinha...

2009-04-02

Twitter

Por motivos de trabalho (G3), twitter no link acima...

2009-03-31

Python: Migrating from svn to a distributed VCS

não é só sobre o Git, mas... "nice git links" ataca de novo

2009-03-30

Culpa

O Lucas quebrou o braço na quinta.
Não quis ir ao médico logo depois da aula, disse não estar doendo tanto, mas depois de um tempo, durante a noite, pediu para ir. Nós não demos muita bola.
Na sexta, ele foi pra escola, ainda com o braço na tipóia. Tinha prova; depois da prova, a Ivana levou-o ao hospital. Teve que reduzir a fratura, e certamente doeu. Ô trem.
Agora a gente ainda tá chafurdando na culpa.
Claro que, quando desinchou o braço na quinta, quando ele falou que não tava doendo tanto, eu achei que não podia ser fratura. Mas mesmo assim, dinheiro no bolso, canja de galinha... PRUDÊNCIA.
Lição aprendida, espero.

Ivana

Minha linda e maravilhosa esposa reclamou outro dia da falta de "screen time" que ela tem por aqui.
Às vezes, eu sei que ela esquece que ela é o amor e a razão da minha vida.
Ou que nossos filhos e ela, minha família, são tudo o que eu tenho, o que eu amo, o que eu prezo.
Que eu passo alguns instantes durante o dia, todo dia, lembrando de seu sorriso. Mesmo quando a chapa tá quente :-D.
Que o seu beijo, o seu cheiro, seus cabelos, tudo que é seu, são meu lar, meu mundo.
Se ela ler isso, pode ser que se lembre mais amiúde.

2009-03-27

Começou a trabalheira :-)

  • Para o dia 30, primeira fase do trabalho de Fundamentos;
  • Para o dia primeiro (sem mentira) o exercício 1 de Fatores Humanos;
  • Para o dia 14, o exercício 2 de FH;
  • Para o dia 13 de maio o trabalho final de FH (esse ainda tá longe);
Hmmm... o Caio tá muito quieto... quero saber o que vem aí na Usabilidade...
Ah, e o mindmap tá pronto mas eu deixei no trabalho... o que significa que só na segunda.

2009-03-25

Understanding Git

Mais um da série "nice git links" :-)

2009-03-24

Git Ready

O link aí em cima é o bicho.

2009-03-23

Insônia

Não, não é o filme com o Robin Williams bandido e o Al Pacino mocinho (!!!) ;-)

Raquel chamou às 3:45, um agradinho e voltou a dormir... só ela voltou a dormir.

Revirei na cama durante uma hora, peguei o telefone e fiquei lendo coisas na Internet (ainda na cama) durante mais uma hora, e aí fui pro quarto de TV assistir All My Circuits (que é como o ~/ chama Terminator: The Sarah Connor Chronicles) e algum outro seriado até dar uma hora decente de sair de casa. Tem acontecido muito, se eu acordo cedo, não consigo mais voltar a dormir. E eu tenho acordado no máximo às seis da manhã, muitas vezes logo depois das cinco.

O artigo sobre insônia da Wikipédia me deixa na dúvida se a minha insônia é a "middle of the night" ou -- bem pior -- a "terminal" (early awakening), que pode ser sinal de depressão. Olhando pelo lado bom, eu não me sinto deprimido nem anedonístico como eu já estive antes. Suponho que eu não devo estar deprimido se eu consigo olhar pelo lado bom :-) e meu senso de humor idiota ainda está intacto.

Galactica

Galactica acabou, mas não acabou, ainda vai ter "the plan", e depois "Caprica", mas ... me deixa um pouco triste. Apesar de todas as críticas, eu gostei do finalzinho e acho que se eu estivesse fugindo há quatro anos dentro de uma frota onde os recursos também já estavam acabando, virar homem das cavernas podia começar a parecer um bom plano. Terminator tá melhorando, ficando interessante, depois de uma fase meio bobinha. Mas por enquanto, estou sem minha "hard sci-fi" (naves espaciais). Em abril, pelo menos, deve ter Star Trek by JJ Abrahams.

2009-03-22

Netbeans, plugins etc...

Trouxe meu diretório de desenvolvimento inteiro do trabalho para casa este fim-de-semana, em um pen drive. Unzipei o bicho, "startei" o NetBeans e... surpresa! Cadê meus plugins e configurações?? Procura daqui, procura dali, ah! o NetBeans põe não só as configurações dos plugins, mas também os .jar no diretório ~/.netbeans... WTF???

2009-03-19

Mais um mindmap

Tentando "ajuntar" as três primeiras aulas do curso.

2009-03-18

"nice git links"

Oliver Steele -- My Git Workflow
Götz Gaycken -- My Git Workflow
Seth Fitzsimmons - My (Public) Git Workflow
Seth Fitzsimmons - My (Work) Git Workflow

Mind map das duas primeiras aulas

Aula 01 de Usabilidade (USA):


Aula 01 de Fatores Humanos (FH):

Editar mensagem de commit

Ontem, eu precisei (quis) editar uma mensagem de commit, para colocar no título da mensagem o # do "ticket" de suporte à qual aquele commit (e os subsequentes) se referiam. Não foi muito bem, porque eu já tinha dado git push no commit... Neste artigo no KernelTrap tem uma receitinha que é mais ou menos assim supondo que quero editar a antepenúltima mensagem de commit:
git checkout -b temp HEAD^^^
git cherry-pick -n master^^
git commit --reedit master^^
git checkout master
git rebase temp

Anotado, né?

2009-03-17

Frase Zen

iuguolo Buda si vos specto is ad via
(se vir o Buda na estrada, mate-o)

Volta às aulas

Voltar à sala de aula depois de tantos anos (*) foi diferente, e um pouco assustador. Pra começar, a questão da idade: parece que eu estou numa faixa muito diferente de "lugar na vida" que meus colegas. Nas apresentações, eu ouvia "desenvolvedor há mais de dez anos", e lembrava que há dez anos atrás eu achava, inclusive, que a minha vida de desenvolvedor já tinha terminado, graças a algumas curvas muuuito erradas que eu já tomei. Afinal de contas, meu primeiro trabalho (ganhando $$$) (em Turbo Pascal) foi em 1987. E o Lucas vai fazer dez anos! Até o professor me pareceu novinho.

Fiquei me sentindo como o Julius Baltar: "sai do meu gramado, menino!" Mas, por outro lado, fico pensando se a energia dos colegas não vai me contagiar, me fazer sair do lugar; fiquei pensando na produção acadêmica que os trabalhos da pós vão exigir, coisas que eu estou começando a fazer esse ano que eu não tinha animado ainda, muito embora tivesse muita vontade. Este blog inclusive.

Lente et semper. Ou algo assim. ;-)


(*) a última vez que eu frequentei uma sala de aula foi o cursinho preparatório para o concurso da Receita Federal -- lá pra 93 ou 94, durante uns dois anos.

Update: mentira; lembrei que fiz seis meses de espanhol no CCAA no ano em que eu me casei (1997) e mais tantos meses de espanhol na Espanha, dentro da Meta4, empresa na qual eu trabalhava (1998) -- mas nesta última, era "mesa-redonda" na mesa de reunião com meus colegas, por isso não sei se conta :-)

USA aula 01

Aula introdutória, apresentação do curso, apresentação do professor, apresentação dos alunos, primeiros conceitos.
Pontos interessantes: a usabilidade como catalisador do design ao invés de como limitador; a importância dos testes com usuários como validação; e a referência da "proximidade" da Debora Hix.

2009-03-16

Dia cheio

Zilhões de coisas no trabalho.
Comecei pela importação (que ainda não saiu). Quando eu fui verificar o que iria ser apagado na base de dados, me pareceu muita coisa. Gerei uma planilha com os registros que iam ser apagados e mandei de volta para o usuário aprovar.
Depois, pintou uma geração periódica (uma vez ao dia?) de uma planilha Calc a partir de uma base de dados MySQL que está sendo gerada por uma aplicação web. Fiz um scriptzinho perl (50 linhas) que gera o arquivo e manda via e-mail para os interessados, e taquei no meu crontab. Esse problema, então, tá quase resolvido.
Amanhã, mais Writer.
Com tudo isso, nada de dar tempo para coisas importantes.

2009-03-13

Chucky

Tá doendo.
Você era a alegria da minha irmãzinha e, por isso, minha alegria.
Você chamava minha atenção, latindo toda vez que eu chegava, até ganhar um afago.
Você viveu mais de uma década dando alegria para toda a família.
Você amou meus filhos, sabia de cor o cheiro do Lucas, e adorava vê-lo chegar.
Você aceitou a Raquel arrancar seus bigodes, sem rosnar, sem brigar.
Eu te amo, do meu jeito, nem sou uma "pessoa cachorro", mas vou ter muita saudade.
Que mais posso dizer?

2009-03-12

Depurando Add-ons OOo no NetBeans parte II

Funcionando a depuração de add-ons no NetBeans, fui para o assunto principal: fazer com que o componente COM que, em determinado sistema, hoje é chamado de dentro do Word, também possa ser chamado de dentro do Writer. Em StarBasic, seria uma coisa mais ou menos assim:
Set factory = createUnoService("com.sun.star.bridge.oleautomation.Factory")
Set obj = factory.createInstance("PlayerSPX.SPXPlayerforWindows")

Em Java isso vira:
XMultiServiceFactory factory =
(XMultiServiceFactory) UnoRuntime.queryInterface(XMultiServiceFactory.class,
(XInterface) context.getServiceManager().createInstanceWithContext(
"com.sun.star.bridge.oleautomation.Factory", context));
m_player = (XInvocation) UnoRuntime.queryInterface(XInvocation.class,
(XInterface) factory.createInstance("PlayerSPX.SPXPlayerForWindows"));

2009-03-11

Depurando Add-ons OOo no NetBeans

Acabou que a falha de depuração no NetBeans não foi falha de depuração, mas falha de refactoring: quando eu tirei a classe do add-on do domínio "example.com", ele não mudou os xemelês que precisava mudar... começamos de novo, e agora as coisas estão no lugar...

CSS2 per tutti !!!??

Joy to the world!!

Produtividade

Me deu a impressão que essa última semana e meia meu trabalho andou bem melhor que estava antes. Será que o Blogger é o meu "ajudante misterioso"? Acho que é um deles. Afinal, à medida que eu estou colocando coisas aqui, eu estou pensando e organizando minha lista de coisas a fazer na minha cabeça. Os outros suspeitos são o github (andei depositando, devagarzinho, meus projetos pessoais lá -- o trabalho ainda está em progresso), o repositório git que eu consegui que colocassem lá no trabalho (também dá para acompanhar cada passinho que as coisas dão), o kjots (ficar com um treco me dizendo o que eu devo fazer em letras garrafais no meu desktop é interessante), e o fato de que o projeto de conversão para o Writer está organizado no Basecamp.

Estou automatizando coisas! Yey! :-)

2009-03-10

Enfim, ...

Consegui montar a Toolbar como eu queria no NetBeans,
consegui mandar ele dar deploy no meu BrOffice,
e consegui até depurar... não, mais ou menos.
Mais ou menos porque ele não parou em nenhum breakpoint que eu coloquei.
Bem, amanhã é outro dia.

Funcionou mas não funcionou

O plugin git do Eclipse é melhor que o do NetBeans, mas o plugin para OpenOffice.org fica a uma grande distância, mesmo com os problemas mencionados. Meh.

2009-03-09

Dia de trabalho perdido...

Um monte de interrupções, correria em um usuário e outro, e tentando fazer o Eclipse de 64 bits funcionar no meu computador. Instalação do plugin de desenvolvimento do OOo, do plugin de git, do restante dos plugins que eu preciso para trabalhar. Bem, pelo menos tem Breaking Bad para eu ver daqui a pouco...

Lei de László

Se emperrar, force.
Se quebrar, precisava trocar mesmo.

Watchmen e o quartinho do terror

Após assistir Watchmen com o Lucas (*), eu fui até o quartinho do terror na garagem para ver se por um acaso eu conseguia achar os quadrinhos para ele ler. Em mais ou menos 15 minutos, eu consegui abrir a porta do mesmo (tá tão entulhado que de vez em quando as coisas caem atrás da porta), mas não encontrei a graphic novel. Achei um Will Eisner para ver se aguço a sensibilidade dele... mas talvez ele seja muito novo para isso.

(*) Ele diz ter gostado muito, mas eu certamente gostei mais -- achei o filme fiel à graphic novel, com muitos diálogos tirados direto do texto do Moore (o que era inclusive mais fácil do que em V for Vendetta, porque Watchmen já era bem "cinemático"); e o final, que é a única divergência do filme com os quadrinhos, ficou até melhor, já que eu não achava o final original perfeito. Eu dou nota 10.

Terminator: The Sarah Connor Chronicles

Seguir o link para ver o que o meu "internet buddy" Squiggle achou sobre o episódio dessa semana e a minha opinião :-)

2009-03-07

Raquel

Acabaram os broncodilatadores. Ufa! Vamos ver se o FDS é mais tranquilo.
Ela ainda está com o nariz escorrendo, tomando um corticóide para a crise alérgica (Predsin), tossindo um pouco à noite.

git-fu II



Estou usando o plugin do NetBeans para desenvolver extensões em Java para o OpenOffice.org.

Isso faz parte de um plano lá do trabalho de substituir as (antigamente eram quase 3000) licenças de MSOffice97 pelo software livre. Essa substituição já está na fase final, faltando matar somente as (300?) licenças do Office nos locais onde sistemas da Casa utilizam a automação COM para gerar documentos. Onde o trabalho era mais simples, a migração já foi feita, mas a Casa possui um sistema de GED/Workflow que é construído em cima do Word. :-(

A idéia é construir extensões para o BrOffice (a versão abrasileirada do OOo), em java, que façam o trabalho que hoje está sendo feito por diversas macros VBA.

O bom é que o plugin do NetBeans gera todo o arcabouço de arquivos XML e outras javalices que são necessárias para existir uma extensão do OOo.

O mau é que algumas coisas não são "redondinhas"; um exemplo é quando eu tento selecionar uma imagem para um botão de barra de ferramentas, se eu simplesmente colocar o caminho completo para a imagem no diálogo "open", ele me ignora. A gente tem que ir até o diretório onde a imagem está, e selecionar com o mouse o arquivo. Yuck.

O feio é que o plugin do NetBeans não deixa editar o tal XML (Addons.xcu) graficamente, depois que você criou o projeto da extensão... se você quiser mais um botão, ou mudar alguma coisa na barra de ferramentas/menu da extensão você pode (1) editar na mon o Addons.xcu ou você pode (2) começar outro projeto do zero, para "transplantar" o xemelê que ele vai gerar. Duplo Yuck.

Notícia interessaante é que o plugin git para NetBeans funciona direitinho. Notícia um pouco menos interessante é que ele também não tem git push/git pull por default; por outro lado, como o qgit, dá pra colocar no menu "actions"...

2009-03-04

git-fu

Hoje eu ajudei o Suporte a instalar o gitweb na máquina onde estão (e deverão permanecer) nossos repositórios git, servidos para nós através de git:// ... ô scriptzinho porreta. El Jefe vai poder ver tudo o que eu faço agora.

Descobri que a descrição do repositório fica no arquivo .git/description. E que, por enquanto, só mexendo no repositório original na mon você consegue alterar essa descrição.

Descobri que o nbgit (plugin para NetBeans) funciona legalzinho. E que o QGit, aparentemente, não tem botão para fazer git push e git pull, mas que é fácil adicionar isso no menu "Actions". Hm.

Ainda não descobri como aumentar a fonte da interface de usuário do meu NetBeans.

A importação de dados que eu estou fazendo andou mais um pouquinho.

eeePC

Eu sou uma mula de teimoso.
Eu gosto é do KDE. Tô usando o 4.2.1. Eu acho o KDE4 uma beleza. A única coisa que eu não gosto é que eles conseguiram acabar com o Konqueror. O konqui3 era uma fortaleza, o 4 é +|-.
Eu não gosto do GNOME. O GNOME me dá urticária.
Então, como faço para usar o meu pobre eee701?
Instalo o ubuntu-eee. Ponho tudo quanto é temp (/tmp, /var/cache/apt/archives, /var/log) no ramdisk.
Ponho os meus repositórios no /etc/apt/sources.list.d (e depois me preocupo com as chaves GPG [*])
Daí entro no aptitude, mando desinstalar a biblioteca libgtk2 (manda todos os GNOMEs pro saco) e, na mesma sessão, mando instalar o broffice-3.0, o firefox (faz o gtk voltar) e todo o meu lindo KDE -- pelo menos tudo o que cabe.
Estou testando colocar um swap file no drive interno de 4G do bicho (com vm.swappiness = 0) e usar só o SD como se fosse HD. Assim, se gastar a flash, eu tenho como trocar de maneira mais ou menos fácil.
[*] fica pra outro post como eu resolvo isto.

Imposto de renda

Fiz o meu, entreguei, fiz o da Ivana, tá faltando umas coisas. Faltam o do meu pai e (talvez) o da minha tia. Milagre! Normalmente eu faço essas coisas no penúltimo dia.
Não ajuda, também, o fato que até algum tempo atrás, os programas da receita feitos em Java nunca saíam junto com os feitos em Delphi. E, como aqui em casa fica tempos sem uma máquina Windows... acabei acostumando a deixar para depois.

2009-03-02

Links sobre git

Rodrigo's blog

Uma resposta sobre sexo em Galactica

um cara, falando sobre sexo, numa lista sobre Battlestar Galactica:

Sim... mas qualquer "novelinha de quinta categoria" (as globais são bons/maus exemplos!) podem mostrar isso.... ou não??
Essa putaria toda em FC.... em detrimento de tudo de bom que FC pode nos trazer..... isso eu não entendo mesmo!
Questionamentos se viados podem casar com viados, putas podem ser selebridades, cornos se tornarem comandantes e essa "massa de escrotas convivências"..... bla, bla, bla... nós estamos assistindo todos os dias na TV.... será que até a FC tem que nos "mostrar mais disso"????
Imagino crianças assistindo e "achando normal" isso!
E o _Sonho_, onde ficou???????

Minha resposta (e sim, em pelo menos um ponto eu forcei a barra, e tem um erro gramatical/semântico grave no antepenúltimo parágrafo):
Não só a sua linguagem está para lá de inapropriada, como eu prefiro expor meus filhos a toda a atividade (homo- e hetero-) sexual e afetiva da atual BSG do que aos termos que você está utilizando.
Primeira coisa: homoafetividade e homoerotismo são coisas absolutamente normais e naturais.
Segunda coisa: a sexualidade é uma coisa absolutamente normal e natural na vida de todos os seres humanos.
Então, crianças que estiverem assistindo devem mais é achar normal isso mesmo, não há nada de antimoral na sexualidade, nem na afetividade. São as pessoas que "não acham isso normal" que avacalham um monte de coisas em nome de uma religiosidade grotesca e anacrônica. Exemplo básico: a favor do casamento gay -> Stephen Hawking + Einstein; contra -> Osama bin Laden + George W. Bush.
Terceira coisa: a FC "nos mostrar mais disso"? Na minha opinião, a FC serve é para expor a humanidade da humanidade, tentar colocar metas para o comportamento normal dos seres humanos sob as cirunstâncias históricas e tecnológicas que estão por vir, seja nos dizendo como nos comportar melhor (Trek) ou como não nos comportar (1984). Não dá para expor a humanidade da humanidade, em uma época onde a censura arbitrária vem caindo cada vez mais (e ainda bem!!!), sem falar de sexo, de ciúmes, de traições, de tabus.

O Sonho? O meu Sonho é ter sempre um canal aberto de comunicação com meus filhos, onde assuntos que seriam tabu no passado sejam corriqueiros -- e isso não impede que existam moral e valores. Meu Sonho é ver histórias que contem como pessoas ordinárias se comportam sob as mais extraordinárias circunstâncias e, como as mentiras dos anos 50 e das casinhas de cerquinha branca já cairam por terra, que mostre que alguns aguentam as pontas (até certo ponto), outros caem nas drogas, outros perdem a bússola moral e impõem sua vontade à força, outros tiram proveito dos mais fracos ou mais bobos; alguns, a pretexto de manterem o passo e segurarem as pontas, cometem grandes atrocidades. Se você não percebeu, eu falei do Adama, do Tigh, dos filhos de Áries, do Baltar. E da presidente (ou do Gaeta).

O bonito da FC não são só navezinhas indo pra lá e para cá, e heróis de camisa rasgada salvando a mocinha, dando uns beijinhos e caindo fora no final do episódio. Coisas legais que a FC trazem -- além de idéias tecnológicas -- são idéias de como lidar do jeito certo (mesmo quando a FC mostra o jeito errado) com as mudanças que o tempo traz para nossas vidas.

O seu post, abaixo, além de trazer uma linguagem que eu -- pessoalmente, outras pessoas podem ter outras opiniões aqui na lista -- julgo inapropriada para uma discussão calma e civilizada dos assuntos em tela, ou mesmo se esses assuntos cabem (como eu acho) ou não (como é a sua opinião) no contexto de uma série como BSG.

Eu acho, ainda, que se você está tão descontente com esse "estado de coisas" na série, ninguém te obriga a assistir.

Por outro lado, eu estou extremamente contente com a série. Achei o penúltimo episódio meio forçado, mas o último teve um ritmo muito legal, um "plot twist" que eu não esperava (até ouvi a presidente dizer "eu avisei" num determinado momento), e acho que o bicho vai pegar nos próximos episódios no bom sentido.

gibak II

encontrei um repositório git mais atualizado do gibak.
O cara diz não saber Ocaml, mas documentou muita coisa. Agora eu preciso dar uma limpa no que está duplicado no meu disco (imagino que um backup feito diariamente via git vai gastar um pouquinho de espaço em disco). Mas a maior parte do que eu tenho ocupando espaço mesmo é bobagem.

Fim-de-semana: git

Depois de estudar bastante esse fim-de-semana, estou compreendendo bem mais claramente os conceitos do git. Vi que não vai ser nada difícil passar minha rotina (que hoje utiliza o horrendo TeamSource) para ele. Agora, só tenho que estudar as ferramentas gráficas para Win32 para fazer a evangelização dos meus colegas. E, é claro, fazer uma apresentação/treinamento para eles.

Ajuda que a documentação original é nota dez, e que a gente acha coisas como:
uma introdução legal em português;
a manpage git(1) -- comece pelos tutoriais...

Fim-de-semana: Raquel

Desde a semana passada, o pediatra dela (Dr. Luiz Megale) trocou o Aerolin por inalação com Atrovent e Berotec. O último tem efeitos colaterais semelhantes (especialmente no que tange à agitação e nervosismo) mas não tão acentuados (pelo menos por enquanto). Mas tem que usar, senão a bronquitezinha caminha até para pneumonia. Tirando uns poucos episódios, ficou numa boa.

O Lucas às vezes se esquece e perde a paciência com ela (briga ou fala alto com ela), mas 99% do tempo ele lida com ela numa boa.

Fim-de-semana: TV

Dollhouse episódio 3: continua interessante, com o mesmo ritmo;
Galactica: mais desastre, mas um bom episódio... parece que o Ron Moore não vai dar um final feliz pra coisa não.
Terminator: mais do mesmo.

2009-02-28

Picasa 3 parte II :-)

Bem, particionado o diretório que tinha todas as fotos e feitas as buscas, encontrei as fotos perdidas, o que deixa pendente somente o caso do backup. De qualquer modo, encontrei um treco chamado gibak que parece com o que eu estou procurando... mas tá parado desde o início do ano passado... hm...

2009-02-27

Picasa 3

Continuando o assunto deste post, o Picasa não gostou de eu ter pedido para ele importar de uma só vez um pouco mais de onze mil fotos que eu pus no mesmo diretório. Hmpf. :-)

GitHub!

Meu usuário no GitHub está criado, e já tem um monte de bobagenzinhas lá, inclusive uma página web que supostamente redireciona para cá.

Teve que ter uma manha para poder usar atrás do firewall do trabalho, eu tive que colocar o seguinte no arquivo .ssh/config:

Host gitproxy
        User git
        HostName ssh.github.com
        ProxyCommand corkscrew localhost 8123 %h %p
        Port 443
        ServerAliveInterval 10
        IdentityFile /home/h/.ssh/githubkey


onde localhost 8123 são o nome e a porta do meu proxy. O corkscrew tem que estar instalado, obviamente.

Logo

O logo que eu quero por neste blog está pronto -- dentro da minha cabeça.
Ontem eu apanhei até do inkscape, mas ainda não consegui sair do lugar. Vamos ver se durante o fim-de-semana eu me saio melhor.

2009-02-26

Dollhouse

Comprovando que o "job description" de produtor de TV americana inclui lá no alto "make Humberto Massa's life the most miserable", começou um seriado do jeito que eu gosto:

1. Amy Acker
2. Eliza Dushku
3. Joss Whedon

Só que na FOX (que, tirando House, hmmmmm....)

O trem já está a perigo de ser cancelado (Oh, $DEITY, porque?? o que eu fiz??)...

Fora que o finalzinho de Galactica está um pouco azedo, e depois que acabar (em um ou no máximo dois meses), hard-sci-fi só pra lá do meio do ano com Stargate: Universe...

A médica drogou minha filha

A Raquel tava com um chiadinho no pulmão no dia que eu a levei ao PA do Mater Dei (sexta) e a médica passou Aerolin. O treco deixa a menina doidona e a lista de efeitos colateirais é o roteiro de um filme de terror, cuja première foi anteontem e ontem à tarde na minha casa. Pensar duas vezes antes de dar isso de novo para ela.

Fotos perdidas

Durante esse carnaval eu descobri que as fotos digitais do 9º aniversário do Lucas estão MIA. Isso me deixou muito, muito chateado porque eu normalmente sou extra-cuidadoso com a nossa coleção de fotos digitais (que começou acho que no natal de 2006, quando eu ganhei a HPzinha de presente) e de tempos em tempos eu faço um backup completo.

Agora, eu estou procurando uma maneira de fazer com que o backup seja feito de maneira automatizada no Linux, tipo o TimeMachine da Apple. As opções que eu havia encontrado, há uns seis meses atrás eram meio cruas ou pior [ie, eram para GNOME].

Já pensei em fazer eu mesmo a solução, mas ainda não estou animado... vejamos o que vem por aí no fim-de-semana.

2009-02-23

Identidade

Ou, coisas que eu não coloquei ainda no meu perfil do blogger.
E também nem sei se lá seria o lugar correto.
Alguém vai chegar aqui sem saber de antemão quem eu sou? No futuro, quem sabe?
Tá. Eu sou um nerd assumido. Na minha página do Slashdot, eu me descrevo assim:
Brasilian since 1970 :-)
Lived in España in 1998
Living in Brasil
Developer since 1988
Sysadmin since 1992
Paralegal between 1999 and 2000
Married, two kids
GCS/PA/P/S d- s-:++ a C++++ UBLUAVHIOSCX*++++$ P+++ L+++$ w--$ V- PS+ Y+ PGP+ t+++ 5++ X++ R tv+ b+++ DI++ G+
Costumo tentar ajudar no Perlmonks.
Atualmente, tenho trabalhado com Oracle, Java, Delphi, MySQL, BrOffice, e -- claro -- Perl.
Nos últimos tempos, tenho dado muitos pitacos nos blogs de outras pessoas e, depois que aprendi a usar o Google Reader, comecei a achar (de novo) que estava na hora de me expressar.
Sou um teléfilo videota :-) obviamente mais interessado em ficção científica do que em outros temas, mas tenho um gosto variado. TV (principalmente importada) deve ser um assunto recorrente por aqui.
Sou um defensor do software livre, e compartilho com RMS a visão de que o modelo de negócios da maioria das empresas de software proprietário é ruim para a sociedade.
Tenho um módulo no CPAN. :-)

Testando, um, dois, três.

Ok. O ano de 2009 iniciou, parecendo que vai ser melhor que 2008.
Eu estou planejando fazer pós-graduação em Design de Interação na PUC.
Tenho que voltar para a ginástica, porque já voltei para os 103.
Depois de quase dez anos sendo o único pai da minha geração, até que enfim tenho uma sobrinha.
Resolvi começar um único blog para falar de tudo:
* família;
* trabalho: perl, delphi, oracle, java, git;
* estudo: se tudo der certo, design de interação, a partir de março;
* e, possivelmente, sobre a minha dificuldade intrínseca em blogar (já que essa é minha quinta ou sexta tentativa nos últimos, sei lá, quatro anos).